Investigação de Juliana Campos e Priscila Seixas parte da realidade de pessoas negras, residentes em favelas cariocas, no contexto pandêmico
Entre os dias 3 e 6 de setembro, o 47º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), reuniu cerca de 3 mil pesquisadores na Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Balneário Camboriú (SC). No evento, considerado o maior desta área na América Latina, foi apresentado o trabalho Competência crítica em informação sobre a vida: a reinterpretação do conceito de competência crítica em informação, de autoria de Juliana Campos e Priscila Seixas, integrantes do Grupo de Pesquisa Perspectivas Filosóficas em Informação (Perfil-i). As investigadoras também são, respectivamente, mestra e doutora em Ciência da Informação pelo Programa de Pós-graduação do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia em cooperação com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGCI Ibict/UFRJ).
O estudo tem como principal discussão a competência crítica em informação no contexto do enfrentamento cotidiano de pessoas negras, residentes em favelas do Rio de Janeiro, no contexto pandêmico. Para isso, as pesquisadoras partiram do seguinte questionamento: é possível desafiar o conceito de competência crítica a partir da realidade cotidiana?
"O objetivo principal é falar da omissão sobre os dados de letalidade de residentes de favelas, no município do Rio de Janeiro. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que revisita conceitos da Ciência da Informação, buscando entender os efeitos do racismo na contemporaneidade. Por isso, acredita-se que a principal contribuição é evidenciar o tensionamento do conceito de competência crítica em informação", destaca Juliana Campos.
Em breve, o trabalho completo estará disponível nos anais do evento, em acesso aberto, na página oficial do Intercom.