Perspectivas Filosóficas em Informação

Aulas Prof. Ricardo Pimenta

Aulas do professor Ricardo Pimenta, na Escola de Inverno do PPGCI Ibict UFRJ 2020

Cultura de visibilidade informacional: construindo um conceito para a CI

Link: https://www.youtube.com/watch?v=ohtfEuP0hf4

A informação, sua cadeia de produção bem como o regime no qual ela existe da maneira como a compreendemos, torna-se visual, técnica-imagética (em perspectiva Flusseriana) e traz consigo uma percepção outra epistemológica ao passo que tais imagens nos convidam a exercer novas formas de leitura e de crítica. O modo, a forma, o design nunca foi tão político, tecnopolítico como agora pois ele está diretamente relacionado à cadeia e ao regime de informação.  Não obstante, se coloca também tão paradoxalmente distante de nosso controle ao passo que é mais e mais próximo no que concerne nosso consumo.  O curso aponta elementos teóricos que fundamentaram a proposta de um conceito de cultura de visibilidade informacional e sugere um fórum de debate e reflexão sobre tal.

Bibliografia básica:

GONZÁLEZ DE GÓMEZ, Maria Nélida. As relações entre ciência, Estado e sociedade: um domínio de visibilidade para as questões da informação. Ciência da Informação, v.32, n. 1, p. 60-76, 2003b. Disponível em: . Acesso em: 20 mar. 2019.

_____________. Regime de informação: construção de um conceito. Informação & sociedade: estudos, João Pessoa, v. 22, n. 3, p. 43-60, 2012. Disponível em: . Acesso em: 18 mar 2019.

PIMENTA, Ricardo M. Cultura da Visibilidade Informacional: estética e política da técnica no regime global de informação. In: Arthur Coelho Bezerra; Marco Schneider; Ricardo M Pimenta; Gustavo Silva Saldanha. (Org.). iKRITIKA: Estudos críticos em informação. 1ed.Rio de Janeiro: Garamond, 2019, v. 1, p. 119-170.

POSTER, Mark. The mode of information: poststructuralism and social context. Cambridge, UK: Polity Press, 1990.

VIRILIO, Paul. O espaço crítico. [1ª edição 1993] Rio de Janeiro: editora 34, 2008.

 

Memória e mundo disruptivo: por uma teoria crítica do esquecimento na sociedade contemporânea

Link: https://www.youtube.com/watch?v=iEyrwgrWu0U

Em meio a ascensão estética e técnica das tecnoestruturas informacionais e da mediação computacional para a manutenção e produção do conhecimento, lembrar antes visto como desafio o homem antigo e moderno, parece ter se tornado "fardo" para o sujeito informacional contemporâneo em constante processo de si e de leitura do mundo a sua volta. Esquecer, ou deletar por assim dizer, é cada vez mais desafiador. A informação, bem como nossos dados, não possui território assim como a memória também não. A tecnologia digital age de forma disruptiva sobre as formas de performar das instituições, sujeitos , pautas identitárias e discursos políticos, científicos, culturais. Como lembraremos do mundo, ou será essa ainda tarefa nossa?

Bibliografia básica:

JEDLOWSKI, Paolo. Memória e a mídia: uma perspectiva sociológica. In: SÁ, Celso Pereira de. (org.). Imaginário e representações sociais. Rio de Janeiro: Museu da República, 2005. pp. 87-98.

MAYER-SCHÖNBERGER, Viktor. Delete: the virtue of forgetting in the digital age. Princeton: Princeton University Press, 2009.

STIEGLER, Bernard. Technics and Time, 1: the fault of Epimetheus. Stanford: Stanford California, 1998.

STIEGLER, Bernard. "Memory," in W. J. T. Mitchell, W. J. T; HANSEN, Mark B. N. (eds.). Critical Terms for Media Studies. Chicago & London: University of Chicago Press, 2010. pp. 66–87. Disponivel em: < https://warwick.ac.uk/fac/arts/english/currentstudents/undergraduate/modules/fictionnownarrativemediaandtheoryinthe21stcentury/steigler.pdf>. Acesso 04 jun 2020.

WEINRICH, Harald. Armazenado, quer dizer, esquecido? In ________.  Lete: arte e crítica do esquecimento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. pp. 281-296.

YATES, Frances A. As três fontes latinas da arte clássica da memória In. _________. A arte da memória. Campinas, SP: Unicamp, 2007. pp. 17-45.